Na manhã seguinte, acordei entrelaçada ao Nathan, o corpo dele colado ao meu, o calor da pele dele me envolvendo como se fosse a continuação natural dos lençóis. Por alguns segundos, deixei que aquela sensação me dominasse conforto, aconchego e quase… quase uma felicidade genuína. Uma felicidade que eu já não lembrava como era.
Mas logo a consciência pesou. Eu não podia me dar ao luxo de acreditar nisso. Lembrei de quem eu era, do que estava em jogo, e a realidade voltou como uma maré fria.
A noite anterior havia sido perfeita demais. Nathan tinha cozinhado para mim, e a cada risada e taça de vinho compartilhada, era como se o tempo tivesse voltado. Jogamos cartas, rimos como se fôssemos adolescentes outra vez, nos beijamos com uma fome que eu havia tentado enterrar por anos. E depois, na banheira quente, nossos corpos se misturaram até que não houvesse mais espaço para lembrar de rancores, estratégias ou mágoas.
Mas isso foi ontem. Ontem eu havia me permitido esquecer. Hoje, nã