Em uma encantadora cidade à beira-mar, dois casais inseparáveis, Laura e Daniel, juntamente com Sofia e Lucas, tomam uma decisão inusitada: prometem seus filhos, Emily e Gabriel, em casamento desde a infância. No entanto, o destino intervém de maneira surpreendente, separando as famílias e levando os jovens para lados opostos do mundo. Enquanto Emily é criada em um charmoso vilarejo rural, nutrindo sua paixão pela arte e pela natureza, Gabriel cresce em uma metrópole agitada, mergulhando na tecnologia e na busca por inovação. À medida que os anos passam, eles se tornam adultos independentes, alheios à promessa feita por seus pais. Com personalidades únicas e ambições distintas, Emily e Gabriel seguem caminhos separados, sem ter ideia do destino que seus pais traçaram para eles. No entanto, o destino tem um jeito enigmático de entrelaçar vidas, e quando circunstâncias imprevistas os reúnem, eles descobrem a promessa que paira sobre eles desde a infância. Enfrentando um turbilhão de emoções conflitantes, Emily e Gabriel precisam lidar com a revelação da promessa de casamento feita por seus pais e decidir como seguir adiante. À medida que eles se conhecem melhor, surge uma amizade sincera e uma conexão especial que transcende o passado. "Promessa de Um Destino" é uma história envolvente sobre amor, escolhas e o poder do destino, enquanto dois jovens corajosos desafiam as expectativas e decidem trilhar seu próprio caminho em meio às complexidades do amor e das promessas feitas por aqueles que vieram antes deles.
Leer másMais um dia com meus amigos, ao lado de nossa casa à beira-mar, onde sempre nos reunimos para admirar o pôr do sol, quando vejo um sorriso compartilhado entre Daniel e sua esposa. Conhecendo os dois desde a faculdade, sabia que algo muito inusitado viria deles:
— Vamos, o que estão aprontando agora? Será que não amadureceram depois que se tornaram pais? — Falo já curioso com o que vem por aí.
— Vocês já pensaram em como seria incrível manter nossas famílias unidas para sempre? — Laura perguntou de repente, com aquele brilho travesso no olhar que eu já conhecia bem. Sabia que algo estava vindo.
Sofia, ao meu lado, levantou uma sobrancelha, segurando a xícara de café com as duas mãos. O sorriso dela era um misto de curiosidade e cautela. Eu a conheço o suficiente para saber que ela estava prestes a dizer algo espirituoso.
— Do jeito que nos conhecemos desde a faculdade, isso parece até um destino predestinado — disse Sofia, com aquele tom leve que me fazia rir.
Inclinei-me para frente, apoiando o queixo nas mãos, enquanto olhava para Laura. Eu sabia que ela não diria algo assim sem ter algo em mente.
— Mas o que você está sugerindo, Laura? — perguntei, tentando esconder minha curiosidade sob um tom brincalhão.
Ela trocou um olhar significativo com Daniel antes de responder. Aquele tipo de silêncio — carregado de cumplicidade — sempre me intrigava. Era como se eles tivessem desenvolvido uma linguagem secreta que nós nunca entenderíamos.
— Estava pensando... e se fizéssemos um pacto? Prometemos nossos filhos em casamento desde a infância? — As palavras saíram com tanta naturalidade que levaram alguns segundos para que eu processasse o que ela havia dito.
Por um momento, o som das ondas foi a única coisa que ouvi. Meus olhos se voltaram para Sofia, que parecia tão surpresa quanto eu. Depois, para Daniel, que sorriu com um ar divertido, claramente já preparado para defender a ideia, argumentos não lhe faltariam, já que é um ótimo advogado.
— Imagine só — ele disse, girando o garfo na mão como se estivesse contando uma história — daqui a algumas décadas, nossos filhos, Emily e Gabriel, casados e felizes, seguindo nossos passos. Seria como um conto de fadas moderno!
Sofia soltou uma risada nervosa e cruzou os braços. Eu podia sentir a tensão no jeito como ela se mexia. Ela nunca gostou dessas ideias malucas.
— Isso é... bem incomum, não acham? Prometer nossos filhos em casamento? E se eles quiserem seguir caminhos separados no futuro? E se eles se apaixonarem por outras pessoas?
Apertei os lábios, tentando não rir da expressão dela. Havia lógica em suas palavras, mas algo na ideia parecia... intrigante. Como se fosse uma história que valesse a pena contar.
— Mas quem sabe? — falei, quebrando o silêncio que se seguira. — O mundo é cheio de histórias surpreendentes. Quem somos nós para dizer o que é impossível?
Sofia me lançou um olhar, algo entre exasperação e diversão. Sabia que minha mente já estava vagando pelas possibilidades. Ela suspirou, olhando para Laura e Daniel, que esperavam pacientemente.
— Bem — ela finalmente disse, com um sorriso tímido —, se a ligação dos nossos filhos for tão incrível quanto nossa amizade, talvez isso realmente possa funcionar.
Laura bateu palmas animadamente, enquanto Daniel ergueu sua taça em um brinde improvisado. E assim, entre risos e uma promessa que parecia mais uma brincadeira, selamos algo que eu sabia que nos acompanharia pelo resto da vida.
Algo inusitado e sei que a Sofia continua meio que incrédula com essa possibilidade, mas o Daniel já tinha cuidado de tudo e redigiu até um contrato de casamento entre nossos filhos, selando uma amizade que jamais será abalada.
Depois daquela tarde, fiquei pensativo. O que parecia começar como uma brincadeira ganhou um peso que nenhum de nós havia previsto. Caminhei até a beira da praia, deixando meus pés afundarem na areia úmida, enquanto o som das ondas se misturava aos meus pensamentos.
“E se isso realmente der certo?”, pensei. A ideia de Emily e Gabriel seguindo nossos passos era quase poética, mas sabia que a vida não seguia roteiros perfeitos. Tudo podia mudar. E se mudasse, seríamos nós os culpados por tentar moldar o destino deles? Por outro lado, havia algo incrível na possibilidade de transformar a nossa amizade em uma ligação eterna.
Olhei para o horizonte, onde o sol começava a mergulhar no oceano, tingindo o céu com tons alaranjados. Um pacto feito em um dia como aquele, cercado de risos e esperanças, não podia ser de todo ruim. Talvez, assim como o mar e a areia, nossas famílias estivessem destinadas a se entrelaçar para sempre. Mas e se a Sofia estivesse certa? E se as crianças no futuro se interessassem por outras pessoas?
Ao longe, eles estão brincando e fico a observar, vejo o cuidado e o carinho que o Gabriel tem com a Emily, sei que são apenas duas crianças, mas se eles estiverem realmente predestinados um ao outro?
— Lucas, será que o que fizemos foi o correto? — Fala Sofia, sentando-se ao meu lado.
— Sofi, olha para eles, veja como o Gabriel cuida da nossa menina, não poderia pedir ninguém melhor para ela.
— Eu sei, Lucas, mas eles são apenas duas crianças e tanta coisa pode mudar ainda, eles têm que aprender com os erros deles e não ficarem ligados por um destino que estamos traçando sem o consentimento deles.
— Entendo sua preocupação, e te faço uma promessa: se um dia no futuro nossa menina der indícios de que não quer seguir o destino que traçamos, anulo o contrato.
— Lucas, mas promessas, não sei se será uma boa ideia, mas vamos dar tempo ao tempo, e o futuro dirá o que realmente será feito.
Emily narrando… Hoje estou num novo momento de minha vida. Três anos depois que pensei que minha vida tinha acabado com a morte dos meus pais estou aqui me preparando para o meu casamento, casamento com o homem que sempre amei. Hoje vejo com outros olhos o contrato que nossos pais fizeram, pois todos sabiam que minha felicidade era ao lado do Gabriel. — Manu, você acha que ele vai desconfiar? — perguntei, mordendo o lábio enquanto observava meu reflexo no espelho. O vestido branco, delicado, parecia brilhar à luz suave do quarto. Era o dia mais importante da minha vida, e eu queria que tudo fosse perfeito. Manu, sentada na poltrona ao lado, cruzou os braços e sorriu, aquele sorriso de quem sabe que vai guardar um segredo incrível. — Emily, se tem uma coisa que o Gabriel não é, é desconfiado. Ele está tão nervoso quanto você, aposto. Acho que ele não faz ideia do que você está prestes a dizer. — Eu sei… — suspirei, ajeitando o véu. — Mas e se ele perceber algo na minha voz?
Emily narrando A conversa com os pais do Gabriel não foi fácil, me sinto desgastada, como se nossa vida fosse uma luta constante e como se o destino tivesse determinado a nós separar. — Emily, você ficou calada depois que meus pais foram embora. — Gabriel, será que estamos fazendo o certo? — Ei, nunca mais se questione sobre isso, eu te amo e não estou arrependido de nada. Você se arrependeu de ter se entregue a mim? — Não, jamais me arremedo disso, Gabriel, sempre foi você, não consigo imaginar outra pessoa tocando em meu corpo, não consigo imaginar entregando meu coração para outra pessoa que não seja você. — Então deixa de paranoia e não fica com na sombra dos meus pais, eles vão entender que nos amamos. Senti a tensão no ar, mas não sabia como afastar essa sensação. Gabriel me olhou com aqueles olhos que tanto amava, tentando me convencer de que tudo ficaria bem. Ele sempre teve essa confiança inabalável, como se nada pudesse nos separar, mas eu não conseguia deixa
Emily narrando… Acordei com os raios de sol invadindo o quarto, mas estranhamente, a cama estava fria ao meu lado. Estiquei o braço, ainda meio sonolenta, mas o espaço onde Gabriel deveria estar estava vazio. Senti uma pontada de ansiedade no peito, mas logo me levantei, puxando o robe para me cobrir. “Ele deve estar em algum lugar pela casa”, pensei, enquanto caminhava descalça pelo corredor. O cheiro de café fresco e algo doce no ar me guiou até a cozinha. Lá estava ele, de costas para mim, com o avental amarrado de forma desajeitada sobre a calça de moletom. Ele cantarolava baixinho uma música que eu não reconhecia, enquanto mexia em uma frigideira. A mesa já estava posta: frutas, pão fresco, geleias, e ao lado de uma jarra de suco, uma florzinha solitária num copo improvisado como vaso. — Bom dia, dorminhoca — ele disse, sem nem olhar para trás, como se tivesse sentido minha presença. — Bom dia — respondi, um sorriso bobo se espalhando pelo meu rosto. — O que é tudo isso? El
Gabriel Narrando...Desde quando vi a Emily triste por ter magoado o Theodoro, venho me perguntando o que ela sente por mim? Não sei, talvez seja meu ciumes ditando as regras, ou até mesmo me mostrando a verdade. Depois de uma conversa bem esclarecedora vi o quanto fui idiota ao me deixar levar pelo meu, ciúmes. A Emily me ama, ela me escolheu para ser seu primeiro e só depende de mim ser o único.— Emily, sou um idiota mesmo, estou enlouquecido pelo ciúme, e fico envergonhado com minhas atitudes.— Ei não fala assim... Entendo o que você imaginou, mas entenda que não pretendo ficar com mais ninguém.Ela senta em meu colo colocando uma perna em cada lado e sua boca encontra a minha em um beijo diferente dos outros que trocamos, essa tinha algo diferente.Ela me beijava com uma intensidade que me fazia esquecer de tudo ao nosso redor. Não era só um beijo; era como se ela quisesse me mostrar tudo o que sentia, tudo o que estava guardado dentro dela. Meu coração disparava, e eu sentia o
Emily narrando… Estava sentada na varanda da casa da fazenda, observando o céu tingido de tons alaranjados pelo pôr do sol. Uma brisa leve balançava meus cabelos, e a cidade parecia respirar calmamente depois de um dia agitado. Meu coração, no entanto, não acompanhava aquele ritmo. Ele estava pesado, carregado de uma culpa que parecia insistir em ficar. Pensar no Theo sempre me trazia um misto de emoções. Ele era incrível, gentil, carinhoso, mas algo dentro de mim nunca pareceu se encaixar completamente. Mesmo assim, vê-lo magoado era uma dor que eu não sabia como suportar. Ele não merecia isso. Não merecia ser o alvo de uma confusão que era exclusivamente minha. Fui tirada dos meus pensamentos pela voz de Gabriel, que surgiu atrás de mim. Ele tinha um jeito único de me encontrar, como se soubesse exatamente onde eu estaria quando precisasse de alguém. — Oi, minha linda, te procurei por todo canto. Onde você estava? — Ele perguntou, se aproximando com aquele sorriso que sempre
Theo narrando… As férias na praia estava quase perfeita, a Emily e eu estávamos nos aproximando cada dia mais até que ele apareceu. O rapaz por quem ela é apaixonada e a magoou tantas vezes, minha vontade era partir a cara dele, mas me segurei. Agindo assim só iria conseguir me afastar da Emily. Capítulo - Decepções e Retornos As ondas quebravam na praia, mas o som já não era mais relaxante. Era como um eco distante, abafado pelos pensamentos que me atormentavam. A Emily tinha saído para conversar com o Gabriel. Eu sabia que isso não terminaria bem. Ele era o tipo de cara que dizia as coisas certas, mas nunca fazia nada certo. Estava sentado na varanda da casa de praia, olhando para o horizonte quando Manu apareceu, segurando dois copos de suco. Minha prima sempre tinha um jeito de perceber quando eu precisava de companhia. — Quer conversar? — ela perguntou, sentando ao meu lado. — Acho que não tem muito o que dizer, Manu. — Suspirei, aceitando o copo. — Ela foi atrás dele. —
Último capítulo