— Sabe… — ele disse, ajeitando o travesseiro sob a cabeça — meu pai disse que eu nunca acampei de verdade, porque eu tinha medo de não ser seguro.
— Então você tá perdendo o seu momento de glória — respondi, me deitando ao lado dele, com Niyati entre nós, abraçando seu Olaf de pelúcia com força.
— É melhor do que eu imaginei — ele disse. E depois completou, olhando pra gente com uma ternura silenciosa: — Com vocês duas, até o fim do mundo pareceria um lugar seguro.
Ficamos ali por alguns minutos, assistindo ao piscar das luzinhas no teto improvisado como se fossem estrelas. As respirações se misturando. A simplicidade do momento escondia um peso que ninguém tinha coragem de nomear.
— Papai? — Niyati quebrou o silêncio, cutucando o braço dele com a ponta dos dedos.
— Oi, passarinha?
— Quando você for... você vai sonhar com a gente?
O lençol pareceu mais pesado do que nunca.
Bennet olhou pra mim. Por um instante, pensei que ele fosse desmoronar. Mas ele se recompôs. Respirou fundo e aca