Pela sétima vez, a chamada cai na caixa postal. A voz séria e meticulosamente ensaiada de Kabir me recebe após o bip:
“Aqui é o Akshay. Deixe seu recado que retornarei assim que possível.”
— Kabir — rosno seu nome contra a tela do celular — é bom você me atender. Eu preciso falar com você!
Desligo a ligação e encosto a testa na parede, tentando conter os nervos. Respiro fundo, forçando o controle sobre minhas emoções, lutando contra as lágrimas que ameaçam surgir. Fecho os olhos com força.
Are Baba, eu não posso chorar o tempo todo. Preciso me acostumar com essa situação. Preciso ser forte. Por Bennet. Por Niyati.
Desbloqueio o celular novamente e, com mãos trêmulas, ligo mais uma vez para Kabir. No terceiro toque, uma voz alta e debochada atende, mas não é ele.
— Baguan Keliê, não pode deixar seu marido se divertir, mulher? — reconheço de imediato a voz nojenta de Raaj — Vai cuidar da sua filha, isso sim é sua obrigação!
— Por que você está com o celular do meu marido? — rosno, com o