— Não se desculpe — murmuro. — Eu também não quero esse contato.
Saio apressada pelo corredor do hospital, com o coração batendo tão rápido que logo estou ofegante. Respiro com dificuldade, o sari se arrastando atrás de mim enquanto desço os degraus de dois em dois, erguendo a barra com uma das mãos para não tropeçar.
Do jeito que a vida anda... não duvido que eu acabasse quebrando o pescoço numa dessas escadas.
Assim que viro no corredor do primeiro andar, paro de súbito. Ali está ele. Impecável como sempre, parado junto à porta de vidro: o grande Aarav Akshay. Terno escuro perfeitamente alinhado, sapato estrangeiro brilhando sob a luz fria do hospital.
Respiro fundo, endireito os ombros e caminho até ele com a cabeça erguida.
— Ainda usa o mesmo perfume adocicado — diz ele sem sequer me olhar, como se estivesse esperando por mim o tempo todo.
Então se vira, e nossos olhos se encontram.
O tempo parece parar.
— O que quer aqui? — minha voz sai ríspida, firme.
— É assim que demonstra