A mansão estava silenciosa naquela tarde chuvosa. Benjamin dormia no quarto ao lado, e Amélia andava de um lado para o outro no salão, sentindo o coração esmagado no peito. Desde que Maxim descobrira sobre Giovanni, as coisas entre eles estavam tensas, mas não frias. Ele não deixara de amá-la, nem de tocá-la, mas a fúria dele estava lá, latente, como uma tempestade à espera do momento certo para explodir.
Amélia sabia que não podia mais guardar aquele peso sozinha. Precisava de alguém. Precisava de Laís.
Laís chegou pouco tempo depois, trazendo a pequena Helena pela mão. Ao ver o rosto da amiga, logo percebeu que algo estava errado.
— O que aconteceu, Amélia? — perguntou, sentando-se no sofá e colocando Helena para brincar com alguns blocos coloridos no tapete. — Você está pálida, parece que viu um fantasma.
Amélia respirou fundo, sentou-se ao lado dela e encarou o chão antes de ter coragem de falar.
— Eu preciso te contar uma coisa, mas promete que não vai me julgar?
Laís arqueou uma