O jardim de inverno era uma armadilha de vidro. A luz da lua os banhava, transformando-os em silhuetas perfeitas para qualquer guarda ou câmera que estivesse olhando na direção certa. O som dos passos de Leônidas na cozinha, tão perto, era um trovão em seus ouvidos. Cada segundo que permaneciam ali aumentava a chance de serem descobertos.
Gabriel agiu. Ele empurrou Lara para trás de um grande vaso de palmeira, colocando seu corpo entre ela e a direção da cozinha. Ele apertou o botão de seu comunicador, a boca a milímetros do microfone.
— Sentinela, temos um problema — ele sussurrou, a voz uma lufada de ar. — O alvo principal está de pé. Estamos presos no jardim de inverno, lado sul. Preciso que você monitore o padrão dos sensores de movimento nesse setor. Agora.
A resposta de Marina veio, tensa, mas profissional. Do carro, ela acessava em seu tablet as plantas de segurança da casa que Gabriel havia conseguido com Corvo.
— Entendido, Fantasma. Puxando os dados... um momento... Certo. O