O silêncio que se seguiu à queda de Kael foi mais pesado do que qualquer som de luta. Durou apenas alguns segundos, preenchido pelo som de três respirações ofegantes e o assobio do vento nos vãos do prédio. Gabriel estava encostado em um pilar, o ombro esquerdo latejando com uma dor que irradiava por todo o seu corpo. Marina estava encolhida perto do pilar onde fora amarrada, o rosto pálido, os olhos fixos no corpo inerte do homem que a aterrorizara.
Gabriel foi o primeiro a se mover. A dor era uma névoa vermelha em sua visão, mas o instinto de soldado era mais forte. Ele se aproximou de Kael e, com o pé, chutou a faca e a pistola do francês para longe. Verificou o pulso em seu pescoço. Forte. Kael estava apenas inconsciente. Gabriel pegou a corda que usara para amarrar Marina e, com uma eficiência brutal, prendeu os pulsos e os tornozelos de Kael com nós que ele sabia serem impossíveis de desatar.
Só então ele se virou para Marina.
— Você está bem? Ele te machucou? — A preocupação em