A travessia foi um borrão de vento e vertigem. Por três segundos, Gabriel não foi um homem, mas um projétil, cortando a escuridão entre os dois prédios. O impacto com a laje de concreto da torre leste foi brutal. Ele usou os pés e as mãos para absorver a força da chegada, rolando para dissipar a energia, a pistola firmemente presa em sua mão. O som de seu corpo batendo no chão foi abafado pelo uivo constante do vento.
Ele se desembaraçou da corda e do cinto com uma velocidade febril. Estava exposto. Vulnerável.
A luz da barraca de Kael se apagou. Silêncio.
Gabriel se arrastou para a cobertura mais próxima, uma pilha de blocos de concreto, o coração martelando um ritmo de guerra contra suas costelas. Ele sabia que Kael não estava mais na barraca. O barulho do gancho e sua chegada barulhenta haviam lhe dado a localização de Gabriel, mas Gabriel não sabia onde o francês estava. A vantagem era de Kael.
O silêncio se estendeu. Um, dois, três segundos. Em um combate como aquele, era uma ete