02

pensa consigo mesma, atravessando a ponte para chegar na floricultura do outro lado da laguna antes do pôr do sol.

" eu não quero me casar, só de imaginar isso, sinto uma dor no meu peito mamãe por favor me mande um sinal do que fazer"

Distraída Elisa tropeça em uma pequena pedra solta e quase cai em cima de um rapaz que passava em sua frente, um belo homem alto, trajando roupas elegantes blazer preto, camisa branca e calça xadrez e mocassim preto liso de couro, seus braços fortes marcavam as mangas do blazer, possuía um maxilar forte e nariz afilado, estava com a barba feita, sobrancelhas pouco grossas um pouco arqueadas, pele parda, olhos verdes como safiras, cabelos lisos penteados para o lado direito com um leve topete, ele pensou agilmente e a agarrou para que ela não caísse no chão. Ela levanta o rosto, e seus olhares se encontram, seu rosto fica corado e sente seu coração acelerado, e o rapaz fica um tempo hipnotizado pela beleza daquela moça e pelo seu olhar marcante e seu perfume com aroma de rosas vermelhas, mas volta a si e todo rude porém corado diz: - tenha mais cuidado por favor!

adverte com sua voz grossa e aveludada

E levanta delicadamente Elisa, ela pede desculpa corada e envergonhada. - me desculpe, eu sinto muito, você se machucou? pergunta sutilmente.

- não, eu estou bem.

responde calmamente virando o rosto para o lado.

- certo, e, obrigada. agradece.

- De nada.

Ele dispõe e solta Elisa, ambos seguem seus caminhos , porém o rapaz olha para trás.

" ela tem um aroma doce de rosas vermelhas, por instante me senti hipnotizado" pensa consigo mesmo.

Ela sentiu que estava sendo observada, então instintivamente olhou para trás, e encontrou novamente o olhar daquele lindo homem. Ele sorriu, os olhos dela se arregalaram e ela se virou envergonhada, seguindo seu caminho.

" Não acredito, ele sorriu? aaah que constrangedor".

Momentos antes ele também havia feito um pedido naquele mesmo lugar, um momento no qual ele se sentia solitário e sem apoio ao saber que teria um casamento arranjado por seus pais, um casamento que os evitaria a falência.

Esse rapaz se chama Leonardo Vitale, herdeiro de Pietro e Pandora Vitale, os Vitale são uma família da alta sociedade italiana donos de fábricas de embarcações e exportadores nacionais de peixes e itens de luxo, Leonardo é um rapaz muito inteligente e sabe que os salvaria, porém sua família não via futuro no jovem engenheiro, por ter apenas 22 anos e pouca experiência no ramo dos negócios, momentos anteriores, Leonardo estava no escritório do pai. - Leonardo, temos que conversar.

Seu pai diz com firmeza no tom de voz, ele é a cópia fiel do pai, porém sem bigode e seus cabelos não são grisalhos nos lados, Pietro é mais alto que Leonardo exatos dois centímetros, e um pouco mais magro, trajando roupas finas, um belo terno completo cinza, e uma camisa branca e seu mocassim marrom escuro, ele caminha com uma caneta tinteiro na mão que havia pegado do chão de carvalho marrom, em direção a janelas de madeiras vermelhas que se abrem para fora do escritório todo decorado com quadros da família ao lado esquerdo, paredes amarelas e um armário de madeira alto e rústico cor carmim, e ao lado direito uma estande de livros documentos, a porta de madeira maciça estava a 3,5 metros da cadeira de madeira com acento estofado, onde estava sentado Leonardo, e a sua frente a mesa de seu pai em madeira maciça em cima sua máquina de escrever á esquerda e ao lado direito o telegrama, ao meio estava um livro documento com anotações e projetos de novas embarcações que antes estava sendo revisado por Pietro sentado em sua poltrona vitoriana estofada preta.

- temos algo a discutir e quero que preste bastante atenção.

Pietro diz com sensatez.

E Leonardo suspira já imaginando o que seria.

- Estou ouvindo senhor.

É extremamente raro ele chamar de pai, ou ser chamado de filho.

- Fico feliz que esteja colaborando para o crescimento e expansão dos nossos negócios.

Ele vira de frente a Leonardo.

- Mas isso não é o suficiente, nós estamos enfrentando uma crise, Sua mãe e eu tivemos uma breve conversa com os Esposito e acreditamos que com a sua união e da herdeira, podemos expandir para o exterior.

(família Esposito são donos de serralherias pela cidade)

- Não era bem isso que eu tinha em mente senhor, imaginei outra saída, outro meio de expansão-

Antes de completar sua fala, Pietro suspira.

- imaginou? Leonardo, imaginar não vai nos livrar da falência, como eu já disse antes, você não está pronto para assumir esta responsabilidade. Pietro vira de costas e olha para a fábrica pela janela.

Leonardo se curva para frente apoiando os cotovelos nos joelhos, encosta as pontas dos dedos de suas mãos uns nos outros apoiando o queixo nos polegares, se sentindo angustiado.

- venha aqui.

se levanta, passa a mão direita na nuca e caminha até seu pai.

- aqui estou.

Ele põe as mãos nos bolsos frontais, então Pietro toca em seu ombro direito.

- olhe pela janela, e diga o que vê.

Leonardo observa atentamente.

- eu vejo a fábrica e os trabalhadores.

- não é apenas isso, são vidas ali, pais e mães sustentando famílias, se não está disposto a sacrificar sua felicidade por eles e pela família, então não tem capacidade para lidera los.

Pietro se afastou de Leonardo que abaixa o olhar para o chão forçando seu maxilar.

“metade dos projetos dessa fábrica atualmente são meus, desde meus dezoito anos tenho lutado e me dedicado para provar o meu valor, e ainda assim nunca é o suficiente”

Ele pensa consigo mesmo, dizer isso iria gerar uma longa discussão.

- posso sair para decidir sobre isso senhor?

Levanta o rosto lançando um olhar desapontado ao pai, que passa a mão no queixo.

- Sim.

confirma e Leonardo sai em seguida.

Elisa estava Penteando os cabelos de sua irmã mais nova no quarto da pequena em frente ao estpelho a menina estava sentada em um banquinho.

E refletia sobre o que havia conversado com seu pai.

- vejo tristeza no seu olhar irmã.

A Pequena Giulia de 11 anos observa a irmã mais velha enquanto vê o reflexo com um semblante triste.

- está tudo bem Elisa? sabe que não gosto de te ver triste, se você fica triste, eu também fico.

ela faz beicinho.

Giulia tem pele branca, e rosada nas bochechas, olhos castanhos claros e cabelos avermelhados, como os cabelos de seu pai, já Elisabetta é fisicamente idêntica a sua mãe.

" me desculpe minha irmãzinha, eu não posso te revelar agora, você vai saber tudo depois."

Elisa pensa, e não conta nada para a irmã, não queria deixá-la preocupada, sabia que sua irmã a amava demais. - Ah, não se preocupe, eu vou ficar bem.

Responde Elisa com um sorriso tranquilo, suavizando o clima que Giulia estava sentindo naquele momento. Ela termina de pentear o cabelo de sua irmã e coloca uma presilha decorada com pérolas. -pronto, o que achou? Pergunta Elisa.

E então Giulia se levanta e rodopia em frente ao espelho com um belo vestido vitoriano feito de um tecido leve, de cor amarelo claro com bolinhas marrom e babados nos ombros.

- eu amei, muito obrigada.

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