03

ela lhe lança um sorriso sincero.

- quer ir na livraria perto do canal comigo?Pergunta para a irmã mais nova.

- tenho aulas de piano o dia todo.- Giulia respondeu fazendo biquinho.

-Ah, poxa, então no domingo eu te levo para passear pelo canal de barco. Ela sorri e concorda balançando a cabeça confirmando.

- certo, então eu já vou, até o jantar.

Elisa se despede e sai do quarto da irmã, logo vai tomar banho e se vestir para ir a livraria, estava de roupa de dormir quando foi chamada por Giulia para ajudar com os cabelos longos, Após o banho, veste um belo e longo vestido azul claro, com babados esvoaçantes no busto pouco cheio e forrado por baixo, Ela vai à livraria que costuma ir toda sexta feira, ela cumprimenta o dono do local que a serve chá de alecrim com biscoitos caseiros feitos pela esposa e também tem um enorme carinho pela jovem, que é filha de sua falecida amiga de infância, e nessa mesma livraria enquanto lê seus livros e escreve poesias, tem um reencontro inesperado.

Elisa estava sentada perto da janela quando ele a viu no momento que entrou, e logo a reconheceu.

" a moça da ponte?"

pensou ele.

- Bom dia senhor e senhora Lombardi. Ele cumprimenta os donos do local.

- bom dia meu rapaz, veio buscar os mapas, ou estudar mais? O senhor Lombardi perguntou.

- Oh não, eu vim espairecer a mente e mergulhar em seus livros.

- sendo assim, tenho um ótimo para você, deixe-me buscar.

Ele se levanta e vai para o estoque de livros novos, demora um pouco e volta com um livro de poesias em mãos, e entrega para o rapaz.

- talvez esse te ajude.

Leonardo agradece e pega o livro - muito obrigado.

também pega um biscoito no prato em cima do balcão e se senta um pouco afastado de Elisa, que logo percebe sua presença, mas ignora. Porém o perfume amadeirado dele chama sua atenção, ela levanta sua cabeça devagar e o observa. " O homem da ponte? "

Léo estava lendo um livro de poesias, que ela também já havia lido.

- este é um bom livro.

Ela chama a atenção dele, que estava a poucos metros de distância.

- já leu? - Perguntou e abaixou o livro para ver a moça confirmando em pensamento.

" é ela mesma, a linda mulher da ponte!"

- sim, mas ainda não terminei, estou na página 320, são tantas poesias cativantes que não pude deixar de ler.

Afirma em um tom casual passando a mão no queixo - interessante- Ele observa, a postura ereta, e os papéis na frente dela, então pergunta curioso.- compõe partituras?

- sim, gosto de tocar piano, e compôr partituras, É o que me faz sentir melhor, espanta a tristeza e me trás felicidade. explica sorrindo levemente, ele também sorri ao vê-la.

- Ah, eu entendo perfeitamente, o que me ajuda são poesias, em dias assim.

" interessante, ele gosta de poesias."

pensa consigo mesma então Curiosa pergunta.

- você escreve?

- sim, gosto de escrever poesias e prosas.

Elisa se levanta e senta ao lado dele no sofá, interessada em saber mais sobre ele. - Sou Elisabetta Fiori.

limpa as mãos com um lencinho que carrega na bolsa, e cumprimenta, e logo ele corresponde cordialmente pegando a mão dela e beijando acima. - Leonardo Vitale.

- e então senhor Vitale, se não for incomodo perguntar. Porquê se interessa em fazer poesias e prosas?.

- não é incomodo perguntar, mas não sou tão velho para me chamar de senhor, tenho 22 anos.

Ele finge estar ofendido e Elisa fica corada de vergonha.

- Oh, desculpa, não quis te ofender.

Léo ri da situação, e ela faz um semblante descontraído falando. - engraçadinho, não é mesmo?.

- um pouco, mas me diga qual sua idade? pergunta interessado.

- tenho 19. Responde cautelosa, e ele sorri

- Ah e respondendo sua pergunta anterior, gosto de prosas e poesias por que posso ser eu mesmo enquanto escrevo ou leio, é uma sensação diferente é como se, eu não estivesse ali, e sim estivesse em um mundo só meu.

Elisa fica encantada ao saber que compartilha do mesmo sentimento que Léo, ela então vê um brilho em seu olhar enquanto ele fala sobre sua experiência com a escrita. E ambos sentem algo incomum que jamais sentiram antes, e por um momento esqueceram que vão conhecer seus pretendentes em breve, mas naquele momento ambos se sentiam à vontade, uma paz pairava no ar enquanto conversavam.

- seria muita ousadia da minha parte querer ler uma de suas poesias?

Léo a olha em choque por um momento e abaixa a cabeça olhando a caneta tinteiro e os papéis em cima da mesa de centro em sua frente, ninguém jamais soube que ele escrevia, apenas uma amiga antiga sabia, e nem mesmo ela havia pedido para ler suas poesias, ele estava surpreso consigo mesmo.

Por um momento ele observa tudo ao redor, a poltrona vermelha de madeira marrom claro onde Elisa estava sentada anteriormente, em frente a janela e a mesinha de centro, ele fecha os olhos sentindo o perfume dela, aquele aroma de rosas vermelhas invadindo seu olfato, observa a iluminação e os raios de sol entrando pela vidraça da janela vitoriana, o tapete vermelho com detalhes dourados, um ambiente calmo, ele cruza as pernas e apoia o livro aberto na perna com a mão direita. " Mas o que está acontecendo comigo?" Ele pensou sentindo uma atração estranha pela mulher sentada ao seu lado, Elisa percebeu que Léo estava demorando a responder sua pergunta, ela olha para a postura dele, sentado com as pernas cruzadas, passando os dedos indicador e polegar na mão esquerda no queixo, ele não estava desinteressado ou entediado, pelo contrário parecia estar indeciso,viu que ele estava olhando para os papéis, e para ela estava muito atraente naquele momento, e então tomou uma atitude, pois viu que aquele rapaz era diferente dos quais havia conhecido, era leigo, gentil e engraçado, queria descobrir algo mais sobre ele.

- posso lhe escrever uma poesia, e você me diz se está aceitável, tudo bem? Perguntou animada apontando para os papéis, ele por outro lado, estava pensativo, e então concorda e a vê com um sorriso entre dentes bochechas coradas suas covinhas salientes em suas bochechas, ela estava com um brilho no olhar.

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