ela lhe lança um sorriso sincero.
- quer ir na livraria perto do canal comigo?Pergunta para a irmã mais nova. - tenho aulas de piano o dia todo.- Giulia respondeu fazendo biquinho. -Ah, poxa, então no domingo eu te levo para passear pelo canal de barco. Ela sorri e concorda balançando a cabeça confirmando. - certo, então eu já vou, até o jantar. Elisa se despede e sai do quarto da irmã, logo vai tomar banho e se vestir para ir a livraria, estava de roupa de dormir quando foi chamada por Giulia para ajudar com os cabelos longos, Após o banho, veste um belo e longo vestido azul claro, com babados esvoaçantes no busto pouco cheio e forrado por baixo, Ela vai à livraria que costuma ir toda sexta feira, ela cumprimenta o dono do local que a serve chá de alecrim com biscoitos caseiros feitos pela esposa e também tem um enorme carinho pela jovem, que é filha de sua falecida amiga de infância, e nessa mesma livraria enquanto lê seus livros e escreve poesias, tem um reencontro inesperado. Elisa estava sentada perto da janela quando ele a viu no momento que entrou, e logo a reconheceu. " a moça da ponte?" pensou ele. - Bom dia senhor e senhora Lombardi. Ele cumprimenta os donos do local. - bom dia meu rapaz, veio buscar os mapas, ou estudar mais? O senhor Lombardi perguntou. - Oh não, eu vim espairecer a mente e mergulhar em seus livros. - sendo assim, tenho um ótimo para você, deixe-me buscar. Ele se levanta e vai para o estoque de livros novos, demora um pouco e volta com um livro de poesias em mãos, e entrega para o rapaz. - talvez esse te ajude. Leonardo agradece e pega o livro - muito obrigado. também pega um biscoito no prato em cima do balcão e se senta um pouco afastado de Elisa, que logo percebe sua presença, mas ignora. Porém o perfume amadeirado dele chama sua atenção, ela levanta sua cabeça devagar e o observa. " O homem da ponte? " Léo estava lendo um livro de poesias, que ela também já havia lido. - este é um bom livro. Ela chama a atenção dele, que estava a poucos metros de distância. - já leu? - Perguntou e abaixou o livro para ver a moça confirmando em pensamento. " é ela mesma, a linda mulher da ponte!" - sim, mas ainda não terminei, estou na página 320, são tantas poesias cativantes que não pude deixar de ler. Afirma em um tom casual passando a mão no queixo - interessante- Ele observa, a postura ereta, e os papéis na frente dela, então pergunta curioso.- compõe partituras? - sim, gosto de tocar piano, e compôr partituras, É o que me faz sentir melhor, espanta a tristeza e me trás felicidade. explica sorrindo levemente, ele também sorri ao vê-la. - Ah, eu entendo perfeitamente, o que me ajuda são poesias, em dias assim. " interessante, ele gosta de poesias." pensa consigo mesma então Curiosa pergunta. - você escreve? - sim, gosto de escrever poesias e prosas. Elisa se levanta e senta ao lado dele no sofá, interessada em saber mais sobre ele. - Sou Elisabetta Fiori. limpa as mãos com um lencinho que carrega na bolsa, e cumprimenta, e logo ele corresponde cordialmente pegando a mão dela e beijando acima. - Leonardo Vitale. - e então senhor Vitale, se não for incomodo perguntar. Porquê se interessa em fazer poesias e prosas?. - não é incomodo perguntar, mas não sou tão velho para me chamar de senhor, tenho 22 anos. Ele finge estar ofendido e Elisa fica corada de vergonha. - Oh, desculpa, não quis te ofender. Léo ri da situação, e ela faz um semblante descontraído falando. - engraçadinho, não é mesmo?. - um pouco, mas me diga qual sua idade? pergunta interessado. - tenho 19. Responde cautelosa, e ele sorri - Ah e respondendo sua pergunta anterior, gosto de prosas e poesias por que posso ser eu mesmo enquanto escrevo ou leio, é uma sensação diferente é como se, eu não estivesse ali, e sim estivesse em um mundo só meu. Elisa fica encantada ao saber que compartilha do mesmo sentimento que Léo, ela então vê um brilho em seu olhar enquanto ele fala sobre sua experiência com a escrita. E ambos sentem algo incomum que jamais sentiram antes, e por um momento esqueceram que vão conhecer seus pretendentes em breve, mas naquele momento ambos se sentiam à vontade, uma paz pairava no ar enquanto conversavam. - seria muita ousadia da minha parte querer ler uma de suas poesias? Léo a olha em choque por um momento e abaixa a cabeça olhando a caneta tinteiro e os papéis em cima da mesa de centro em sua frente, ninguém jamais soube que ele escrevia, apenas uma amiga antiga sabia, e nem mesmo ela havia pedido para ler suas poesias, ele estava surpreso consigo mesmo. Por um momento ele observa tudo ao redor, a poltrona vermelha de madeira marrom claro onde Elisa estava sentada anteriormente, em frente a janela e a mesinha de centro, ele fecha os olhos sentindo o perfume dela, aquele aroma de rosas vermelhas invadindo seu olfato, observa a iluminação e os raios de sol entrando pela vidraça da janela vitoriana, o tapete vermelho com detalhes dourados, um ambiente calmo, ele cruza as pernas e apoia o livro aberto na perna com a mão direita. " Mas o que está acontecendo comigo?" Ele pensou sentindo uma atração estranha pela mulher sentada ao seu lado, Elisa percebeu que Léo estava demorando a responder sua pergunta, ela olha para a postura dele, sentado com as pernas cruzadas, passando os dedos indicador e polegar na mão esquerda no queixo, ele não estava desinteressado ou entediado, pelo contrário parecia estar indeciso,viu que ele estava olhando para os papéis, e para ela estava muito atraente naquele momento, e então tomou uma atitude, pois viu que aquele rapaz era diferente dos quais havia conhecido, era leigo, gentil e engraçado, queria descobrir algo mais sobre ele. - posso lhe escrever uma poesia, e você me diz se está aceitável, tudo bem? Perguntou animada apontando para os papéis, ele por outro lado, estava pensativo, e então concorda e a vê com um sorriso entre dentes bochechas coradas suas covinhas salientes em suas bochechas, ela estava com um brilho no olhar.Leonardo pôs o livro na mesinha, pegou os papéis ao lado das partituras e a caneta, e entregou gentilmente a ela. - obrigada, qual seria o tema? Perguntou. - Escreva sobre algo que te deixa feliz, ou algum dia especial. Fala com a voz aveludada. Em sua juventude, Léo esteve apaixonado uma vez por Ariella, uma linda garota que conheceu na infância, ambos brincavam e se divertiam, corriam saltitantes pelas ruas de Veneza e perto dos canais, jogavam pedras na água, mas logo na juventude passavam pouco tempo juntos, Ariella não sentia o mesmo que Léo, para ela, era apenas um amigo de longa data. Em um dia de chuva, ambos estavam nessa mesma livraria, Ariella estava desenhando vestidos, e Léo estava escrevendo poesias, ele não costumava pedir para ninguém ler, mas este era um dia especial, o dia em que se declarou por ela, através de uma poesia dedicada amorosamente e especialmente para Ariella, Léo esperava que ela correspondesse seus sentimentos. " O amor é um sentimento profun
Ela morde o lábio inferior de maneira que seja imperceptível, chegando mais perto sentindo seu coração acelerado ao sentir o perfume amadeirado dele de perto, e no ouvido direito, com um doce sussurro - o que me deixa feliz, são rosas vermelhas, e passear de barco, ou dançar a luz do luar. Ele se aproxima do ouvido direito dela, fazendo Elisa sentir um leve arrepio. - entendi. se afastando e posicionado começou a escrever.- não é clichê minha senhorita, é interessante, é inspirador.pontua empolgado. "Perfume de rosas vermelhas ao luar Sob a luz prateada do luar, Dançam gotas de perfume raro, Rosas vermelhas, amor e paixão, Em cada molécula, um cantar. O aroma sedutor, suave e doce, Enche o ar de mistério e magia, Luz do luar, sobre pele roce, E o perfume de rosas alma envolve. No jardim noturno, onde sombras dançam, As rosas vermelhas, segredos sussurram, Seu perfume, um convite ao sonho, Sob o luar, corações se rendem." Para Elisa, de Leonardo Vit
A criada sai, junto com Elisabetta do quarto, e ambas descem as escadas, a criada vai para a cozinha, enquanto Elisabetta encontra com seu pai o pretendente e sua avó Adelaide no salão Fiori, ainda não estavam sentados nas cadeiras, estavam esperando a jovem chegar. - boa noite, pai. Elisabetta cumprimenta serena, como a lua. - noite tranquila senhor. Bruno foi cordial em uma postura impecável. - boa noite a todos. Senhora Adelaide cumprimenta balançando a cabeça para cima e para baixo. - Elisabetta, conheça Bruno Rossi, um homem Lorenzo os apresenta. Bruno pega a mão de Elisabetta e beija sentindo seu perfume de jasmim. Elisa observa atentamente, ele estava com um terno preto, camisa branca e gravata borboleta, calças pretas, sapato de couro fino, seus cabelos eram pretos, e seus olhos da mesma cor, seu maxilar forte, um belo nariz afilado, sobrancelhas finas arqueadas, aparentemente mais velho que Leonardo. -estou honrado em conhecê-la senhorita Elisabetta. Você supero
- talvez haja um equilíbrio entre amor e obrigação. com um sorriso forçado Bruno não a provocou, apenas tentou amenizar o conflito entre Elisabetta e a família. Lorenzo por sua vez já esperava esse comportamento protestante de Elisabetta, ele apenas ignorou o comportamento dela e se levantou da mesa de forma sutil, respirando profundamente. - o casamento é um tema complexo, discutiremos em breve os detalhes. Bruno se levanta em seguida olhando para o relógio novamente. - compreendo e concordo plenamente. Elisabetta ainda sentada, suspira derrotada chamando a atenção do homem a sua frente, ela não imaginava que ficaria tão desconfortável com toda essa situação durante o jantar. - eu preciso refletir sobre isso. Bruno, no entanto, parecia estar compreendendo, ele queria possui la logo, torná-la sua esposa o mais rápido possível. - agradeço pelo jantar, estava esplêndido, mas devo encerrar a noite. Ele fiz alinhando seu terno e arrumando a gravata borboleta. Lorenzo olha fr
Ela sabia da atual situação, a família não estava falindo, ele estava apenas se preocupando que seu filho estivesse passando tempo demais no trabalho e acabasse sozinho pelo resto da vida. Ela sabia a verdade, porém esperava que Pietro demonstrasse preocupação com Leonardo, mas não dessa maneira, apenas conversando sobre, mas Pietro não sabia conversar com o próprio filho, era duro demais com o rapaz. Pois via um homem, e não mais o seu bebê pequeno que corria pela casa com um fano entre as pernas. Ariella assistia tudo atônita, porém tomou uma atitude manipuladora. - senhor e senhora Vitale, acho que devo ir embora, falaremos sobre o casamento outra hora, quando todos estiverem calmos. Com um sorriso e um tom doce e gentil, levantou-se da mesa de jantar. - sente se minha querida, você não comeu nada, se sair de barriga vazia, ficará doente no frio lá fora. A mãe de Leonardo pediu com educação, foi tão serena que Ariella não recusou, aceitou e sentou-se novamente. Leonardo encar
Na semana seguinte pela manhã, Elisa já estava pronta para sair, e estava animada, desceu rapidamente as escadas, encontrando seu pai tomando uma xícara de chá. - Buongiorno! Ela o abraça em seguida dá um beijo na bochecha de Giulia. - essas leituras estão te fazendo muito bem! Comenta Lorenzo, e Giulia concorda dando uma mordida em um pão crocante e quentinho. - sim! são maravilhosas. Elisa pega uma maçã e leva sua cesta que havia preparado mais cedo. - até mais tarde- se despede. - tenha uma boa leitura- Seu pai acena com um sorriso. no caminho para a livraria, Elisa observava tudo ao redor, e percebeu o quão lindo estava o céu naquela manhã, azulado, com nuvens amareladas, os raios de sol rodando uma vista colorida e dourada em seu caminho. Ao ver Leonardo parado em frente a livraria, sentiu borboletas em sua barriga. ou será que era fome? O cocheiro abriu a porta da carruagem e a ajudou a descer. - muito obrigado, ah e venha me buscar antes do jantar aqui neste
Preocupada, apenas olhava de relance para Elisa, com o canto dos olhos, decidindo perguntar ou não. - Elisa? Giulia perguntou com um olhar preocupado, tirando Elisa de seus devaneios. - como? - nada não. Analisou as mãos, Elisa estava nervosa com sua irmã, ela a viu assustada naquela noite, correndo, enquanto o homem estava com dor pondo a mão na boca. Giulia estava na varanda do quarto, olhando as estrelas como sempre fazia. "vovó me disse que assuntos assim devem ser evitados, que é para perguntar apenas se for uma emergência, em que algo esteja em risco, o que eu faço? Elisa estava claramente assustada, devo perguntar? não quero que ninguém machuque minha irmã." pensa consigo mesma. - eu vi tudo naquela noite. então deixa escapar,deixando Elisa congelada com uma expressão de pânico por um momento engolindo em seco, ela sabia que não era apropriado contar para ninguém, mas Giulia é sua única confidente além de sua avó, mesmo tendo apenas onze anos, ela pensava como u
Leonardo tentou controlar seus ciúmes, não queria mostrar sua vulnerabilidade diante de Bruno. Mas era difícil ignorar a forma como Bruno olhava para Elisa, como se ela fosse sua propriedade. Bruno, percebendo a tensão, sorriu ainda mais. -Então, Elisa, qual é o seu tipo de flor favorito? Ele perguntou, aproximando-se dela de forma invasiva. Elisa sentiu-se desconfortável com a proximidade de Bruno e tentou se afastar, mas ele a segurou pelo braço. - Não precisa se afastar, minha querida. Estou apenas tentando conhecer melhor seus gostos. Giulia, sentindo a tensão, agarrou-se à mão de Elisa, olhando para Bruno com desconfiança. Leonardo, vendo a cena, sentiu seus ciúmes explodirem. - Eu acho que Elisa já respondeu sua pergunta, senhor Rossi. Ele disse, tentando manter a calma. Mas Bruno não se intimidou. - Ah, não, não respondeu. E eu estou ansioso para saber. Ele olhou para Elisa, esperando uma resposta. Elisabetta olhou para Bruno com desagrado, sentindo-se desco