Os técnicos levaram quase duas horas para concluir a primeira análise, e mesmo assim não havia respostas claras. Enquanto aguardavam, Elara permaneceu na sala reservada da segurança, observando Kael e Leon discutirem possibilidades com uma precisão que deixava evidente o quanto ambos estavam acostumados a lidar com crises — porém, nunca uma que estivesse diretamente ligada a ela.
Kael mantinha os braços cruzados, a expressão controlada, mas a mandíbula tensa denunciava que ele estava a um passo de agir por conta própria. Leon, por outro lado, caminhava de um lado a outro, mãos nos bolsos, analisando cada detalhe que passava pela tela do computador, como se pudesse antecipar o próximo movimento de quem estivesse por trás daquilo.
— A pessoa que mandou essas caixas não é amadora — Leon avaliou, parando atrás do técnico. — Tudo é muito estudado. O tipo de fita, o papel, a ausência de impressões… isso não é trabalho comum.
Kael ergueu o olhar na direção dele.
— Não descarto ninguém, inclu