A noite parecia mais pesada que o normal quando Elara finalmente entrou no carro. A cidade seguia vibrando do lado de fora, luzes cintilando, motores rugindo ao longe, mas nada parecia alcançar o caos dentro dela.
O mundo tinha encolhido — reduzido a três pessoas.
Ela. Kael. Leon.
E alguém no escuro disposto a destruir tudo isso.
Por um momento, apenas permaneceu ali, segurando o volante, tentando controlar a respiração que vinha curta, rápida, ansiosa.
Quando enfim deu partida, o telefone vibrou.
Uma mensagem.
Leon: Chegue em casa e me avise. Só isso.
Logo depois, outra notificação.
Kael: Mantenha as portas trancadas. Se algo parecer estranho, me ligue.
Elara soltou uma risada nervosa — amarga, quase irônica.
Dois homens tão diferentes, mas igualmente protetores… e igualmente envolvidos nela de um jeito que já ultrapassava qualquer limite saudável.
— Como foi que minha vida virou isso…? — murmurou para si mesma.
O trânsito fluía lento. O céu parecia mais escuro do que deveria. E, pel