Minha mente finalmente encontrou um raro momento de paz; meu corpo, o alívio que há tempos buscava. Eliza estava ali, nos meus braços, nua, vulnerável e presente na minha cama, onde tantas coisas poderiam ter sido diferentes.
Por um instante, a respiração dela acompanhava a minha, e tudo ao redor parecia suspenso como se o tempo tivesse cedido, nos oferecendo uma trégua.
Mas aquela sensação fugaz durou menos do um minuto. Antes que eu pudesse sequer processar, ela se afastou. Puxou o lençol num gesto automático, quase defensivo, como se ele pudesse protegê-la de mim, de si mesma, de tudo o que tínhamos acabado de fazer. Levantou-se com a delicadeza de quem carrega um terremoto por dentro.
— Liza… — chamei, a voz mais suave do que esperava, tentando segurar aquele momento, aquela conexão que sempre foi rara, sempre escapou por entre os nossos dedos.
Ela não respondeu. Nem me olhou. Mas seus olhos mesmo de lado estavam marejados, pesados, apertando os dentes como se segurassem tudo o qu