O riso de Luiz e Zoe ainda ecoava pela mansão, um som doce que finalmente havia quebrado a tensão dos últimos dias. A promessa de um bebê era uma âncora de esperança para a nossa família. Eu estava ao lado de Alex, segurando a mão dele, e pela primeira vez em meses, sentia que o futuro era realmente nosso.

Foi nesse momento de vulnerabilidade e alegria que a porta da sala de jantar foi aberta, sem aviso.

Natália entrou.

Ela não estava histérica como na última vez; estava vestida com roupas caras, o cabelo impecável, e com uma expressão de gúlpito, frio e determinado. Em uma das mãos, ela segurava uma pasta de couro e um envelope branco grosso. Seu sorriso era o de um predador que havia encurralado sua presa.

A alegria morreu instantaneamente. O silêncio voltou, mais pesado e ameaçador do que nunca. Lua, sentada em sua cadeira de rodas, e Miguel, recém-perdoado, olharam com alarme.

— Vejo que a família está reunida para celebrar — Natália disse, ignorando o ódio nos olhos de Alex. Ela