Antônio Marco ficou mais três dias no hospital, precisava de uns cuidados a mais segundo médico. Eu cada dia melhorava um pouco mais, mergulhei no trabalho para espantar pensamentos negativos.
Bateram à porta quando eu estava prestes a sair, fui atender e dei de cara com Henrique.
— Oi Henrique, meu pai não está agora se você quer falar com ele.
— Na verdade vim te ver, fiquei sabendo do que aconteceu no festival.
Pelo visto as notícias realmente voam.
— Ah, estou bem.
— Mesmo?
— Um dia de cada vez, sabe como é... — disse meio sem jeito, nossa amizade havia acabado, eu não sabia mais como agir diante dele.
— Eu sei que nossa relação não está das melhores, mas se você precisar de alguma coisa, conte comigo. — Henrique parecia sincero, queria muito acreditar que essa amizade voltaria a existir, mas era difícil.
— Obrigada, eu vou ficar bem não se preocupe.
Um silêncio pairou entre nós, e foi quebrado ao som do carro de meu pai chegando, ele estacionou o carro em frente à cas