Ela ainda não havia desistido.
A paciência de Bruno, porém, já tinha chegado ao fim. De repente, ele se levantou da cadeira e caminhou em direção a Viviane.
Viviane engoliu em seco, recuando instintivamente dois passos até suas costas tocarem a porta fria. Suas mãos estavam tão suadas que pareciam escorrer.
— Se... Senhor Bruno... — Murmurou, tentando controlar a respiração.
Bruno estendeu a mão, a voz carregada de autoridade.
— Me entrega.
Num instante, o pânico estampou-se no rosto de Viviane. Seu olhar vagava, sem coragem de encarar diretamente os olhos de Bruno.
Tentou bancar a desentendida.
— O... O quê?
— Se você ainda quer continuar respirando nesta cidade, é melhor colaborar.
O silêncio voltou, pesado, como se todo o ar tivesse sumido da sala.
O suor frio já molhava completamente as costas de Viviane. Suas mãos tremiam incontrolavelmente.
Cada microexpressão dela era registrada com precisão por Bruno.
Dois minutos se passaram.
Bruno pegou o celular e começou a discar um número.