— Sr. Bru... Sr. Bruno.
Viviane entrou no escritório de Bruno com extremo cuidado, como se cada passo pudesse detonar uma bomba.
Diante daquele homem absurdamente bonito, ela não ousava deixar transparecer sequer uma centelha de desejo.
Bruno era infinitamente mais intimidador do que Gustavo.
Ao mesmo tempo, dentro dela crescia uma inveja silenciosa de Juliana. Por que justamente ela merecia esse tipo de privilégio?
Juliana não passava de uma farsante, uma impostora que havia roubado o lugar de outra.
Durante as madrugadas insones, Viviane se pegava imaginando as teorias mais mirabolantes. E se Juliana tivesse feito algum tipo de feitiço? Usado alguma artimanha para roubar o destino que era dela por direito?
Não era possível que uma pessoa que tinha tudo nas mãos conseguisse jogar tudo fora tão estupidamente.
O olhar gelado de Bruno varreu Viviane como se cada segundo a mais fosse um insulto à sua visão.
— Eu te conheço?
A voz dele, grave e cortante, exalava impaciência.
Viviane engoli