Sete dias.
Era só isso.
Sete dias desde que Nina havia deixado o hospital com a promessa de descanso, vitaminas, sol leve e nada de estresse. Sete dias sendo vigiada como uma joia de laboratório por Alex Stone — também conhecido como o homem que conseguia transformar “tomar banho” em um evento agendado com alerta no celular.
— Você colocou horário até pro meu chá da tarde — reclamou Nina naquela manhã, enquanto ajeitava os cabelos na frente do espelho da sala.
— Claro — respondeu ele, da cozinha. — Tem cálcio, ferro, e evita acidez. E além disso, você fica adorável de xícara na mão.
Ela bufou, mas não conteve o sorriso.
Agora, os dois estavam no consultório do Dr. Brenner, o especialista em gestação múltipla de alto risco que acompanhava o caso desde o hospital. A sala era acolhedora, paredes em tons claros, uma poltrona para o acompanhante e uma maca larga com encosto regulável. Havia quadros emoldurando fotos de recém-nascidos e ultrassons 3D. O cheiro era de lavanda e álcool gel.