O ar dentro do grande salão estava denso. As tochas iluminavam os rostos tensos dos anciões e guerreiros da alcateia, enquanto Eyla sentia o peso de todos os olhares sobre si.
Sentada ao lado de Adrian, seu coração batia em um ritmo frenético, uma mistura de medo e raiva crescendo em seu peito.
Valesa permanecia imóvel diante deles, seus olhos antigos carregados de sabedoria e mistério. Sua presença era quase etérea, como se estivesse em contato constante com forças que transcendiam aquele mundo.
— O tempo se encurta — disse a xamã, sua voz ressoando pelo salão. — Os demônios estão se movendo.
A tensão aumentou instantaneamente, murmúrios irrompendo entre os lobos. Adrian rosnou baixo, seu tom carregado de possessividade e proteção.
— Ninguém vai levá-la. Eu já deixei isso claro.
Valesa o encarou com paciência infinita.
— Eu nunca disse que você permitiria. Mas o destino é teimoso, Alfa. E os que estão lá fora não precisam da sua permissão para agir.
Eyla apertou as mãos contra os jo