A pressão era uma bola de ferro no estômago de Carolina. As demandas de Melissa, a vigilância de Christopher, a desconfiança de Lucas e o ambiente opressivo em casa formavam um nó de ansiedade que parecia prestes a estrangulá-la. Ela precisava de uma válvula de escape. Precisava, mesmo que por algumas horas, parar de pensar.
No final do expediente, ela se virou para Marcela, que organizava sua bolsa com energia habitual.
— Marcela… você topa fazer alguma coisa hoje? — a pergunta saiu mais como um pedido de socorro do que um convite.
Marcela congelou no meio do movimento e ergueu as sobrancelhas até a testa, com um ar dramático de choque.
— Perdoa a pergunta, mas… você passou mal? — ela brincou, colocando a mão na testa de Carolina como para medir sua temperatura. — Você, Carolina Cortez, a rainha do "prefiro ficar em casa", está me convidando para sair? O apocalipse chegou e ninguém me avisou?
Carolina deixou escapar uma risada cansada. — É que… tá tudo muito pesado, Marce. Em cas