O cheiro de pólvora ainda impregnava o ar quando a poeira baixou. A mansão, antes impenetrável, agora carregava as cicatrizes de um ataque que ninguém previra. O recado pintado em vermelho na parede continuava ali, como uma ferida aberta: "Escolha."
Leonardo estava imóvel diante da palavra, os punhos cerrados, a mandíbula travada. Sua mente estava a mil, eu podia ver. Mas ele não demonstrava hesitação.
— Reúna todos os homens — ele ordenou a Lorenzo, sua voz fria e sem emoção. — Quero todos aqui em trinta minutos.
Lorenzo assentiu e saiu às pressas. Marco, ao nosso lado, observava a cena com um olhar calculista.
— Eles não vão parar, Leo — ele disse. — Isso foi só um aviso.
— Eu sei — Leonardo respondeu, sua voz carregada de raiva. — E é por isso que vamos revidar.
Meu peito subiu e desceu rapidamente enquanto eu tentava absorver tudo.
— O que eles querem dizer com "Escolha"? — perguntei, mesmo já sabendo a resposta.
Leonardo se virou para mim. Seu olhar era intenso, sombrio.
— Eles q