93. A infiltração no coração de gelo e o eco do carrasco
A noite antes da infiltração no complexo Quimera foi uma das mais longas da vida de Leonardo. No silêncio opressor do acampamento siberiano, quebrado apenas pelo uivo do vento polar, o peso da missão e da revelação de Beatriz o esmagava. Viviana não estava apenas construindo uma arma; estava tentando ressuscitar um deus demônio da tecnologia, um irmão sombrio da Serpente de Cristal, e ele, Leonardo, fora manipulado para se tornar a peça final daquele ritual profano.
A comunicação final com sua família, antes de entrarem em silêncio de rádio para a aproximação final, foi um misto de amor e uma despedida não dita. "Pai, eu estarei com a mamãe e o Kadir, analisando cada passo," a voz de Lio soou no comunicador, firme, mas com um subtexto de medo que ele tentava bravamente esconder. "Encontrei uma sub-rotina nos padrões de energia que pode indicar a localização exata do núcleo da Quimera. Estarei guiando você." "Eu sei que vai, meu filho," Leonardo respondeu, um orgulho imenso inflando se