92. O deserto de gelo e a vigília dos guardiões
A notícia da presença de Rocco na Sibéria caiu sobre a sala de guerra dos Guardiões como uma mortalha de gelo. O nome, por si só, era um eco de brutalidade, de uma crueldade sem limites que Leonardo conhecia bem demais. Não era apenas um capanga; era o monstro pessoal de seu passado, o cão de caça de Don Vincenzo, e agora, a arma que Viviana Costello apontava diretamente para seu coração.
Sabrina sentiu o ar faltar em seus pulmões, a mão instintivamente buscando a de Leonardo. Ela vira o que os homens dos Costello eram capazes de fazer, mas as histórias que Leonardo lhe contara sobre Rocco, em sussurros durante as longas noites de recuperação, pintavam o retrato de um demônio em forma de homem. Enviá-lo para a Sibéria não era uma tática; era uma declaração. Viviana não queria apenas derrotar Leonardo; queria quebrá-lo, torturá-lo, fazê-lo sofrer.
Lio, ao lado da mãe, observava o rosto do pai. Viu a mandíbula de Leonardo se contrair, os olhos azuis se estreitarem até se tornarem duas l