O rosto sorridente e triunfante de Viviana Costello desapareceu da interface holográfica da Serpente de Cristal, mas sua presença venenosa permaneceu na câmara do cofre dos Guardiões, um frio fantasmagórico que gelou o sangue de todos os presentes. O silêncio que se seguiu foi profundo, absoluto, quebrado apenas pela pulsação suave e rítmica da luz azul que emanava do artefato Bellini, agora reativado e, de alguma forma, profanado.

Leonardo foi o primeiro a se mover. A fúria em seu peito era uma fornalha, mas seu rosto era uma máscara de gelo, a mesma expressão controlada e perigosa que ele usara para sobreviver aos anos mais sombrios de sua vida. Ele se aproximou da Serpente, os olhos fixos na última imagem que ela projetara: o mapa estelar com o ponto vermelho pulsando sobre a vastidão desolada da Sibéria e as palavras "PROJETO QUIMERA". "Ela nos usou," ele disse, a voz baixa, mas vibrando com uma intensidade contida. "Ela sabia que apenas eu, com o 'Custos Clavis' e o conhecimento