Rigel vem correndo em nossa direção com a mochila balançando num ombro só e o sorriso mais largo que já vi naquele rostinho.
Quando ele se joga nos meus braços, sinto o mundo inteiro se encaixar.
— Papai, você veio! — ele diz, me apertando pelo pescoço com força demais para um corpo tão pequeno.
— É claro que eu vim, pequeno. — sorrio, ajeitando-o no colo. — Não ia perder esse abraço por nada.
Ele vira para Jade, que beija sua bochecha e o faz rir daquele jeito que me desarma completamente. Então, com um brilho de segredo nos olhos, ele dispara:
— Eu conheci um moço muito legal hoje!
Meu sorriso vacila.
Troco um olhar rápido com Jade. Meus dedos automaticamente apertam a cintura dela, discretos, mas firmes.
— Um moço? — Jade pergunta com cuidado.
— Uhum! — Rigel balança os pés. — Ele estava na porta da escola. Disse que gosta de dinossauros e que o nome dele é… hmmm… acho que era Daniel. Ou Davi. Algo assim. Ele me chamou de “pequeno explorador”.
Meu estômago se contrai. Um estran