Fiquei tensa, as mãos suando.
Quando vi quem se aproximava, entrei em pânico, sem saber quanto ele tinha ouvido.
— Carlos.
O tom de Ignácio mudou, respeitoso, e o rosto suavizou.
Carlos veio até nós, olhou o colar no chão, depois para mim.
— Você disse que não quer mais?
Sem saber o que responder, apenas assenti.
Ele então olhou para Ignácio:
— Jogue isso fora, não quero lixo no meu jardim.
Ignácio ficou constrangido, mas não ousou contrariar Carlos.
Pegou o colar, me lançou um olhar intenso e saiu.
— Obrigada, Carlos.
Evitei seu olhar, recuando um passo.
— Não foi nada.
Carlos só franziu a testa ao ver como eu tremia ao vento.
— Entre, está frio aqui fora.
Segui atrás dele de volta ao salão, justo quando o baile começava.
Todos que riam e conversavam se levantaram ao ver Carlos.
Clarinda correu sorridente até ele.
— Irmão, o baile vai começar! Dança comigo?
Carlos soltou o braço dela.
— Não gosto de dançar.
Clarinda fez biquinho, mas não se aborreceu.
— Que chato.
A música já tocava,