Capítulo 5
Fiquei tensa, as mãos suando.

Quando vi quem se aproximava, entrei em pânico, sem saber quanto ele tinha ouvido.

— Carlos.

O tom de Ignácio mudou, respeitoso, e o rosto suavizou.

Carlos veio até nós, olhou o colar no chão, depois para mim.

— Você disse que não quer mais?

Sem saber o que responder, apenas assenti.

Ele então olhou para Ignácio:

— Jogue isso fora, não quero lixo no meu jardim.

Ignácio ficou constrangido, mas não ousou contrariar Carlos.

Pegou o colar, me lançou um olhar intenso e saiu.

— Obrigada, Carlos.

Evitei seu olhar, recuando um passo.

— Não foi nada.

Carlos só franziu a testa ao ver como eu tremia ao vento.

— Entre, está frio aqui fora.

Segui atrás dele de volta ao salão, justo quando o baile começava.

Todos que riam e conversavam se levantaram ao ver Carlos.

Clarinda correu sorridente até ele.

— Irmão, o baile vai começar! Dança comigo?

Carlos soltou o braço dela.

— Não gosto de dançar.

Clarinda fez biquinho, mas não se aborreceu.

— Que chato.

A música já tocava,
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