Acordei cedo no dia seguinte, inquieta, e decidi andar à beira do lago.
Chegando lá, vi Ignácio e Clarinda pescando juntos, rindo.
Quando me viram, Clarinda acenou:
— Paloma, vem pescar comigo!
Ignácio desviou o olhar, sem me cumprimentar.
Clarinda me puxou, e fiquei parada, observando os dois.
Foi a primeira vez que vi Ignácio tão feliz, algo que nunca aconteceu comigo.
A dor ia passando, mas uma amargura subia à garganta.
Enquanto Clarinda pescava, Ignácio se aproximou e sussurrou:
— Paloma, pra que isso? Sei que você me ama, mas não sofre?
— Você está enganado.
— Enganado como? Já conversamos, espero que cumpra o combinado e não conte pra Clarinda...
— Ignácio. — interrompi. — Você se acha demais. Não vim aqui por você, só queria caminhar. Você não é tão importante assim.
O rosto dele escureceu.
— Você acha que vou acreditar? Sei o quanto você me ama.
— É? Por isso pisa no meu amor?
Fiquei com raiva, me virei para ir embora.
Ele tentou segurar meu braço:
— Paloma, você...
— Pode me