Capítulo 7
Acordei cedo no dia seguinte, inquieta, e decidi andar à beira do lago.

Chegando lá, vi Ignácio e Clarinda pescando juntos, rindo.

Quando me viram, Clarinda acenou:

— Paloma, vem pescar comigo!

Ignácio desviou o olhar, sem me cumprimentar.

Clarinda me puxou, e fiquei parada, observando os dois.

Foi a primeira vez que vi Ignácio tão feliz, algo que nunca aconteceu comigo.

A dor ia passando, mas uma amargura subia à garganta.

Enquanto Clarinda pescava, Ignácio se aproximou e sussurrou:

— Paloma, pra que isso? Sei que você me ama, mas não sofre?

— Você está enganado.

— Enganado como? Já conversamos, espero que cumpra o combinado e não conte pra Clarinda...

— Ignácio. — interrompi. — Você se acha demais. Não vim aqui por você, só queria caminhar. Você não é tão importante assim.

O rosto dele escureceu.

— Você acha que vou acreditar? Sei o quanto você me ama.

— É? Por isso pisa no meu amor?

Fiquei com raiva, me virei para ir embora.

Ele tentou segurar meu braço:

— Paloma, você...

— Pode me
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