Clara entrou no quarto e jogou a bolsa na poltrona, pronta pra contar tudo pra Talita sobre o convite de Gianluca, o arquiteto com ego de mármore italiano. Mas ao virar pro lado… parou.
Léo estava ali.
Sentado na mesma poltrona onde a bolsa caiu. Perna cruzada, manga dobrada até o antebraço tenso, a expressão esculpida como se ele tivesse sido talhado em silêncio e controle.
— Esperando alguém? — ele perguntou, com aquele tom grave que atravessava pele.
Clara sentiu o coração errar uma batida. Ou duas.
— Ia falar com a Talita… — respondeu, tentando manter a pose. — Mas parece que a visita chegou antes.
Léo não se moveu. Apenas a observou.
— O arquiteto subiu no terraço. Disse que vocês iam ficar mais dois dias. Palestras, arte, jatinhos… — ele falou com um meio sorriso cortante. — É isso mesmo?
Clara cruzou os braços.
— E se for?
Ele se levantou devagar, com aquele movimento preciso que fazia cada músculo sob a camisa vibrar como cordas de violino afinadas. Caminhou até ela. Olhar cra