Mais tarde, no terraço privado da cobertura do hotel, Léo e Miguel estavam sentados com taças de vinho, acompanhados apenas pela vista de Dubai engolindo o pôr do sol.
Miguel não conseguia segurar a língua.
— Velho… você me fez perder anos de vida hoje.
Léo deu de ombros, observando as luzes da cidade surgirem como constelações.
— Eu preferi ganhar o jogo do que aplaudir no intervalo.
— E a Clara? Vai contar pra ela o quanto ela foi essencial nesse plano?
Léo sorriu, mas havia uma melancolia naquele gesto.
— Um dia. Talvez hoje.
— Você ainda tá balançado com ela, né?
— Balançado é pouco. Eu sou dela, mesmo que ainda não saiba como explicar isso pra mim mesmo.
— Pena que o arquiteto italiano gato também notou isso.
Léo riu baixo, mas os olhos endureceram.
— Gianluca Renaldi é um problema que vou resolver depois. Agora, a Dominion está no topo da lista.
Miguel ergueu a taça novamente.
— Aos problemas. Que viram passado. E às mulheres que viram futuro.
Léo ergueu a dele, sem desviar o ol