A sala de reuniões em Dubai parecia uma câmara de guerra. O clima era abafado, não apenas pelo calor árido que vazava pelas janelas panorâmicas, mas pelo peso do momento. À frente da mesa oval, o representante do projeto segurava um envelope grosso como se carregasse a sentença de todos os presentes.
Léo Vallemo estava sentado à direita, alinhado como sempre, mas com os olhos escondendo uma tormenta. À esquerda, Assam Vellano exalava autoconfiança — aquela típica de quem confunde poder com impunidade. Eduardo Klein, ao lado dele, exibia o sorriso de um homem que acreditava ter conquistado não apenas um contrato, mas também uma vitória pessoal.
Quando o envelope foi aberto e o nome “Dominion Legacy Corporation” ecoou na sala, o impacto foi imediato.
Miguel quase derrubou a cadeira ao se levantar.
— Mas isso é uma piada, né?
A equipe trocou olhares desconcertados. A advogada da Vellamo & Co. franziu o cenho, a expressão de quem não acreditava no que tinha ouvido. Simone, a secretária ge