A repercussão da entrevista foi imediata.
Trending topics. Milhares de comentários. Vídeos cortados circulando como faíscas em palheiro seco. Uns elogiavam a coragem. Outros, questionavam cada palavra. Mas havia uma mudança sutil no ar. Como se o julgamento tivesse cedido espaço à curiosidade — e, para alguns, até à admiração.
Naquela manhã, Luna acordou com o celular vibrando sem parar.
Mensagens de apoio. Convites para entrevistas, campanhas, parcerias. Mas ela desligou tudo. Deixou os aparelhos longe.
Queria viver aquele dia sem distrações.
— Bom dia, noiva — disse Caio, entrando no quarto com uma bandeja de café.
Ela sorriu, surpresa.
— Está me mimando muito cedo...
— Achei que merecia. Ainda mais depois de ontem.
Ela puxou um croissant, rindo. Ele sentou-se ao lado, observando-a com uma expressão diferente. Não era desejo, nem contemplação. Era paz.
— Hoje eu queria te levar em um lugar.
— Que lugar?
— Aldina. Nosso campo.
Ela assentiu. Sabia que aquele espaço ainda doía nele — m