O avião pousou em São Paulo sob um céu cinzento. Luna olhou pela janela e sentiu uma angústia familiar: era como se a cidade soubesse dos fantasmas que ela trazia de volta. Mas dessa vez, ela não vinha para fugir. Vinha para encerrar o que começou.
No portão de desembarque, Caio a esperava.
Ela correu até ele, e quando os dois se abraçaram, o mundo pareceu parar por um segundo. Só que havia algo diferente. Aquele silêncio entre os beijos não era conforto — era receio. Como se os dois sentissem que precisavam se reencontrar… além do reencontro físico.
— Você recebeu minha mensagem? — ela perguntou, já dentro do carro.
— Qual delas?
Ela hesitou.
— A que dizia que precisamos conversar sobre tudo. Sobre nós. Sobre o que vem depois disso.
Caio assentiu. Sabia que aquele “depois” estava se aproximando com passos pesados.
Eles se dirigiram para a saída e de carro, retornaram para Vinhedos. Entrando na cidade ela sentiu aquela sensação gostosa de algo familiar, de casa, de seu lugar. Foi ótim