Luna não esperava ser recebida com olhares atravessados nem perguntas veladas ao chegar à clínica no dia seguinte.
Mas foi.
— Então... está famosa, hein? — comentou Mirela, uma das fisioterapeutas, com um sorriso forçado.
— As fotos... — disse outra — estão em todo lugar. Você virou notícia, Luna. E não do tipo profissional.
A pressão era visível. Cada passo pelos corredores da clínica trazia a sensação de que estava sob julgamento. Não apenas como mulher. Mas como profissional. Como alguém que ousou se aproximar demais de um paciente — mesmo que esse paciente fosse Caio Ventura.
As pessoas cochichavam. Alguns disfarçavam. Outros nem isso.
O olhar da coordenadora foi o mais difícil de encarar: não havia raiva, mas decepção. E isso doía mais.
Ele, por sua vez, parecia alheio à tempestade. Passou o dia imerso em reuniões com advogados e assessores, tentando conter o vazamento de informações e preparar um comunicado oficial.
Mas o que deveria ser uma declaração controlada saiu das mãos e