DOMINICK
O som do relógio na parede parecia mais alto do que o habitual.
Dominick estava no centro da sala de estratégia da mansão. À sua volta, quatro telas exibiam imagens de segurança, mapas digitais e uma lista crescente de possíveis ameaças. No canto direito do painel principal, piscava o nome que já se tornara maldição:
O Silenciador.
Henrique falava com dois agentes por ligação criptografada.
— A última movimentação confirmada foi em Marselha. Ele pegou um voo comercial com identidade falsa e aterrissou em Bari. Depois disso... sumiu. Nenhuma digital, nenhuma imagem térmica, nenhum rastreio por cartão ou IP.
— Isso é impossível — murmurou Dominick.
Henrique o olhou com gravidade.
— Ele não é qualquer um. Ele é o tipo de fantasma que só se move quando a vítima acha que está segura.
Dominick apertou os dedos da mão direita com força.
— Então vamos virar o jogo. Vamos fazer com que ele pense que somos as vítimas... e aí, quando ele se aproximar, nós fechamos a armadilha.
Henrique