LAURA
A primeira suspeita veio com o atraso. Depois, os enjoos. Mas Laura Bianchi Santorini era racional demais para tirar conclusões com base em sintomas — e experiente demais com sua intuição para ignorá-los.
Naquela manhã, sozinha em seu quarto, ela encarou o teste de farmácia com as mãos trêmulas. Três minutos. O tempo mais longo da sua vida. Sentia o coração martelar nas costelas, como se soubesse que aquele momento dividia sua existência em dois mundos:
Antes.
E depois.
Dois riscos. Vermelhos. Claros. Impossíveis de negar.
Ela sentou-se no chão, com a testa colada nos joelhos.
— Estou grávida…
Repetiu para si mesma. Uma, duas, dez vezes.
O nome de Dominick pairava em sua mente como um trovão distante. Ele era tudo: seu amor, seu parceiro de guerra, seu rei. Mas também era o homem mais temido da Europa. E agora, seria pai.
A pergunta não era “como contar a ele?”
Era quando contar… sem colocar tudo a perder.
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DOMINICK
O escritório estava silencioso, exceto pelo som da lareira q