BASE SANTORINI – SALA DE GUERRA – 02h11
O ar estava carregado com o cheiro de papel queimado e ferrugem. Mapas marcados com sangue e digitais ocupavam toda a mesa de comando. Domenico, com as mangas arregaçadas, observava as rotas de suprimentos da antiga aliança Vasquez ruindo.
— O golpe em Belësh os desorganizou — disse Mikhail, ajustando o coldre no ombro. — Mas não o suficiente.
Henrique entrou com um tablet.
— Interceptamos transmissões de Miranda. Ela está recuando para a fortaleza subterrânea em Brasov. Está se preparando para o pior.
Domenico assentiu.
— Então daremos o pior a ela.
VIENA – HOSPITAL SANTORINI – 03h00
Laura estava em coma. A bala alojada havia sido removida, mas o estado continuava crítico. Cristina ficava ao lado dela, imóvel. Por vezes, sussurrava palavras em italiano que só elas entendiam.
Amara apareceu com Leonardo no colo. Por um instante, as três gerações estiveram no mesmo cômodo.
— Ele não entende nada disso — sussurrou Cristina, olhando para o bebê.
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