ROMÊNIA – FORTALEZA DE BRASOV – 00h12
O vento cortava as muralhas da antiga prisão transformada em bunker. Dentro, o tempo parecia ter parado — paredes de pedra, armamento moderno e um homem de olhos opacos que não pisava em liberdade há mais de duas décadas.
Marco Santorini não andava. Ele media os passos.
Sentado diante de três monitores, traçava rotas de destruição. Era preciso, clínico, quase cirúrgico.
— Quantas vidas? — perguntou a Miranda.
— Quantas forem necessárias.
— Errado.
Quantos nomes.
Não quero corpos. Quero sobrenomes apagados.
Miranda se calou. Ela sabia que tinha libertado um monstro que nem Giuliano controlava.
Marco levantou-se devagar.
— Atacaremos ao mesmo tempo.
Três bases. Três corações.
E quando perceberem… já estarão sangrando pelo ventre.
VIENA – MANSÃO SANTORINI – 06h44
Amara tomava café sozinha na varanda da ala leste. Leonardo dormia, e por um instante, o mundo parecia menos cruel. Mas ela sentia. Algo estava vindo.
Cristina entrou devagar.
— Você pressen