Eu dormia tranquilamente. Finalmente. Depois de um dia inteiro com dor nas costas, com sono acumulado, eu tinha conseguido cochilar.
Mas aí, senti as mãos dele.
Não era carinho. Era intenção. Era desejo.
Lucas.
Revirei os olhos no escuro, com raiva, mas sem me mexer. Fingi que ainda dormia. Eu sabia que ele tinha bebido, usado alguma merda, e agora vinha se achar no direito de me usar como se fosse um brinquedo. Nem fodendo. Não ia dar para ele. Não depois de tudo.
Mas ele nunca desiste fácil.
Me virou de lado, depois de frente para ele, e abriu minhas pernas como se fossem dele, como se meu corpo estivesse sempre disponível. Subiu em cima de mim, e eu abri os olhos. Ele estava ali, chapado, com aquele olhar pesado, os lábios entreabertos. Bêbado. Drogado. Uma mistura de prazer e veneno.
Eu queria gritar. Queria bater nele.
Mas segurei.
Deixei ele se iludir. Ia deixar ele se animar para depois cair do próprio cavalo.
Ele levantou a camisa que eu usava, me deixando exposta. S