O som do celular me arrancou do pouco de paz que eu ainda tinha. Acordei assustada, com o coração batendo acelerado. A tela piscava o nome de Gabriela e uma mensagem simples: “Partiu açaí na praça. Vem, o Eric tá comigo.”
Suspirei, passando a mão no rosto. Já era 9:30. Como caralhos eu consegui dormir tanto? Me arrastei até o banheiro com os olhos ainda pesados. A noite tinha sido longa, insone, cheia de pensamentos que eu não conseguia calar. Pensamentos dele.
Me vesti no automático. Short jeans curtinho, daquele que deixava minhas pernas em evidência. Cropped branco, confortável e fresco. Sandália de tiras porque eu precisava estar arrumada, mas sem esforço. Nada que gritasse “estou tentando esquecer alguém”, mas também nada que parecesse “estou à deriva”.
Passei um gloss nos lábios, amarrei o cabelo num coque desleixado e coloquei uma pulseira fininha no pulso, só para fingir que eu ainda tinha controle sobre alguma coisa na minha vida.
Quando cheguei na praça, vi os dois já se