229. A LOBA QUE VEIO A MIM
NARRADORA
Hakon havia deixado seus homens numa parte da floresta próxima ao castelo, com uma ordem clara: que não o procurassem nem que estivessem agonizando.
Se alguém morresse, que enterrassem o corpo e só o avisassem quando ele voltasse. Tão direto e insensível quanto sempre. Mas os guerreiros fortes e calejados que o acompanhavam nem reclamaram.
Na verdade, muitos queriam voltar logo para o pântano, mas as ordens do líder eram respeitadas sem questionar.
E quem não gostasse… que o desafiasse em um duelo.
Mas quem seria o louco de interromper um Alfa no momento de se acasalar com sua fêmea? Eles, com certeza, não.
Durante o resto do dia, Hakon se afastou para encontrar o lugar ideal, o refúgio perfeito para sua primeira vez com sua mate.
“Hakon, você acha que nossa fêmea vai vir?” uma voz rouca e primitiva soou em sua mente.
“Não tenho certeza, Lorcan… algo a faz hesitar. Mas sei que ela nos deseja. Não entendo, mas não vou desistir. Eu adoro aquela fêmea — e sei que você também.”