352. REFÚGIO DE FOGO
AMBER
Nossos corpos nus devem estar deslumbrantes nadando pelas profundezas do poço, que se interna nas entranhas da enorme montanha, através de uma caverna submersa.
Os raios de lua se filtram pela água criando um efeito visual lindo e etéreo.
A mão de Vincent nunca soltou a minha enquanto nadávamos até sair do outro lado, no interior escuro e úmido de uma caverna subterrânea.
— Vem, eu te carrego pra não machucar seus pés — ele propõe quando saímos da água.
Há apenas escuridão ao nosso redor, mas conseguimos ver os detalhes com nossos olhos de lobos.
— Não, posso andar. Estar tão perto de você agora é muito perigoso — respondo sorrindo e voltando a segurar sua mão.
— O quê? Tá com medo de eu pular em cima de você feito um lobo feroz? — ele pergunta, e me surpreendo, porque nunca o vi tão brincalhão, tão relaxado, sem aquela testa franzida de sempre.
— Não, meu amado Beta, tenho medo de ser eu quem vá pular em cima de você e te estuprar feito uma loba no cio — me inclino e sussurro s