Na manhã seguinte, a luz suave invadiu o quarto pelos cantos da cortina. Evelyn acordou antes de Lucas, como vinha acontecendo nos últimos dias. Observou o quarto em silêncio, sentindo a tranquilidade no ar, como se tudo estivesse finalmente em paz dentro dela. Lucas dormia ao seu lado, os cabelos bagunçados, uma mão esticada para o lado dela, como se, mesmo inconscientemente, quisesse mantê-la por perto.

Evelyn sorriu. Era a primeira vez em muito tempo que acordava com aquela sensação de... pertencimento.

Levantou-se devagar, calçou as meias e foi até a cozinha. O cheiro do café logo se espalhou pela casa, acompanhado pelo som discreto de uma playlist que ela colocou para tocar em volume baixo. As palavras dela tinham vindo com mais força na noite anterior, e o caderno repousava agora ao lado da chaleira, com rabiscos e trechos que finalmente pareciam ter encontrado forma.

Lucas apareceu cerca de vinte minutos depois, com a camiseta amarrotada e o olhar preguiçoso de quem ainda estav