Ao me acomodar no banco de trás da caminhonete, o suave murmúrio do motor mal conseguiu quebrar o pesado silêncio entre meu pai e eu. Ele olhava pela janela, aparentemente perdido em pensamentos, e eu fiz o mesmo, tentando encontrar consolo na paisagem que acompanhava a nossa viagem até o cemitério, com as lágrimas escorrendo incontrolavelmente.
Cada lágrima carregava consigo lembranças da minha mãe: o seu riso, seu abraço, o aroma do seu perfume. A perda pesava sobre os meus ombros, e a ideia de visitá-la onde ela agora descansava era quase insuportável.
Inclinei levemente a cabeça, permitindo que minha bochecha tocasse o vidro frio da janela.
Finalmente, o veículo parou. Assim que o motorista desligou o motor, respirei fundo, preparando-me para o inevitável encontro com a realidade que me aguardava logo além daquelas portas blindadas.
A porta se abriu e o ar fresco de fora inundou o interior da caminhonete. Um dos guardas abriu a porta, sinalizando que eu podia sair. Reuni coragem s