Finalmente, o movimento cessou, deixando um silêncio ensurdecedor. Abri os olhos e pisquei diante da escuridão que nos cercava. Fiquei presa entre os ferros retorcidos, o cinto de segurança exercendo uma pressão implacável no meu peito. Ao meu lado, mamãe permanecia imóvel, com os olhos fechados, como se estivesse em um sonho.Mãe! A minha mente gritava em desespero. As minhas mãos se moviam no ar, buscando alívio de uma linguagem que agora parecia inútil. A minha visão ficou turva com lágrimas não derramadas, e um soluço silencioso escapou da minha alma.Mãe. Gritei por dentro, desesperada.Ao meu redor, o mundo parecia ter parado. O vento sussurrava através das janelas quebradas, levando consigo a minha felicidade e meus sonhos despedaçados.Com um esforço monumental, libertei o meu braço e consegui alcançar a fivela do cinto de segurança. Cada movimento era uma batalha contra a dor. Finalmente, com um estalo, o cinto cedeu, libertando-me de seu abraço opressivo. Virei-me para a min
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