capítulo 47
Depois daquele sumiço repentino, algo no ar mudou. O mar — como eu costumava chamá-lo — ficou estranho, distante, como se de repente quisesse manter quilômetros de silêncio entre nós. Mesmo sendo sua assistente, mesmo estando ao lado dele quase 24 horas por dia, a presença dele se tornou fria. Quase impessoal. O clima entre nós se transformou num território desconhecido, desconfortável, como se qualquer palavra pudesse ser um passo em falso.

Ele passou a me ignorar. Só falava comigo quando era estritamente necessário. E, mesmo assim, evitava me encarar. Fingir que isso não me afetava seria mentira. Eu fiquei chateada. Profundamente chateada.

Ainda pior era ver Penélope cada vez mais próxima dele. As conversas, os risos, a forma como ela o olhava… aquilo acendia algo dentro de mim que eu mal sabia nomear. Ciúme? Raiva? Uma mistura perigosa dos dois. Eu não sei controlar esse sentimento. Não aprendi a fazer isso. E o mais louco de tudo é que nem sei quando isso começou.

Mas eu sei
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