Daphne não conseguiu dormir. Virou-se na cama a noite inteira, revivendo cada detalhe do que tinha acontecido no elevador. Era como se Omar tivesse invadido seus pensamentos e se instalado ali sem pedir licença. Ele era extraordinário de um jeito quase cruel—tão misterioso que suas palavras pareciam enigmas. E, apesar de tudo, bastava lembrar daqueles olhos escuros para que um desejo proibido a consumisse: ela queria beijá-lo de novo. Queria se perder nele.
Ficou um bom tempo olhando o teto, como se as respostas estivessem escritas lá. Mas nada vinha. No fim, o cansaço venceu por um instante, apenas para ser interrompido pelo despertador impiedoso. Ela acordou sobressaltada, o coração acelerado de ansiedade e medo. Então lembrou: ele havia pedido para que ela não fosse para a casa dele naquela manhã, mas direto para o escritório.
Essa simples lembrança foi como outro estilhaço em sua mente já confusa. Por quê? O que ele pretendia com isso? Daphne era a assistente pessoal dele, cuidava