capítulo 20

Era o meu primeiro dia. E, como era de se esperar, eu estava um completo desastre emocional.

Sentada no banco do carro, balançava os pés de um jeito frenético, como se isso fosse me ajudar a controlar a ansiedade. Obviamente, aquilo devia estar irritando o homem sentado no banco de trás. O homem que, segundo Dona Glória, eu deveria seduzir… e não imitar em mau humor.

Mas ele não disse nada.

Quando me arriscava a olhar pelo retrovisor, só via Omar concentrado no celular, os olhos fixos na tela, os dedos ágeis como se resolvesse o destino de várias pessoas ao mesmo tempo. Para um homem que parecia amar o silêncio, o meu nervosismo devia ser como um alarme de incêndio. Eu tentava parar. Acredite, eu realmente tentava. Mas, se não fosse os pés, seria as mãos. E se não fosse as mãos, eu provavelmente começaria a roer as unhas. Só que, bem… não podia. Minhas unhas estavam impecáveis, alongadas, pintadas de um tom que Glória chamou de “feminino e sofisticado”. Se eu estragasse aquilo, ela me
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