Daphne estava tão nervosa naquele jantar, sentada à mesa com a família, que tudo parecia mais um interrogatório do que uma refeição. Omar percebeu de imediato — e a única explicação que lhe vinha à mente era: ela teme que a avó desconfie de nós dois.
E sim, havia essa questão. Mas, para Daphne, o peso era maior. O medo não era apenas da desconfiança da avó. Era da verdade que carregava consigo, dos segredos que poderiam arruinar tudo. Se a avó mencionasse que não ligara horas antes, ou se contasse que uma senhora loira e espalhafatosa tinha ido procurá-la, Omar juntaria as peças. E então?
Enquanto ela lutava contra a própria ansiedade, Omar só desejava outra coisa: conhecer melhor o mundo dela. Queria se aproximar daquela família, ouvir suas histórias simples, compartilhar o riso à mesa. Afinal, Daphne já vivia mergulhada em seu universo de obrigações e riqueza.
No fundo, por mais confortável que fosse sua vida na mansão, Omar não ligava para o luxo. Se pudesse escolher, viveria como