Melinda
Um calor confortável envolvia meu corpo, uma sensação que há muito não me visitava, despertando lembranças doces e esquecidas da minha infância. Meus olhos pesavam, lentamente cedendo ao cansaço, e cada músculo do meu corpo parecia preguiçoso, dificultando qualquer movimento. Mas não era só o sono que me paralisava, eram os braços fortes e firmes que me envolviam pela cintura, segurando-me com uma segurança quase implacável, como se quisessem me proteger e, ao mesmo tempo, não me deixar escapar.
Dentro daquele abraço, havia algo de reconfortante e, ao mesmo tempo, inquietante, uma mistura delicada entre aconchego e submissão que me deixava suspensa entre o desejo de me entregar e a dúvida sobre o que viria depois. O ritmo do meu coração parecia se sincronizar ao calor que irradiava da pele dele contra a minha e, por um instante, o mundo inteiro fora daquele abraço era apenas silêncio.
Ainda atordoada pelos acontecimentos da noite anterior, encarei William, que dormia ao meu